A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) tem intensificado suas ações para conter e erradicar um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em Santo Antônio da Barra, localizado no Sudoeste goiano. As iniciativas adotadas incluem a criação do Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo), a atuação de equipes em aproximadamente 180 propriedades, a instalação de barreiras sanitárias, e a restrição ao trânsito de aves, ovos e materiais avícolas. Além disso, feiras e exposições com aves vivas na área afetada foram suspensas temporariamente.
O foco foi identificado após a morte de aves de subsistência, que apresentaram sinais clínicos preocupantes. A análise realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a presença do vírus. Em resposta imediata, a Agrodefesa editou a Portaria nº 339/2025, estabelecendo o Coezoo para coordenar as ações emergenciais.
José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, afirmou que o novo centro possibilita uma atuação mais ágil e integrada, reunindo especialistas em sanidade animal, logística, planejamento e fiscalização. Ele enfatizou a importância de agir com rigor técnico, mesmo em um caso que envolve aves de subsistência, para evitar a disseminação do vírus.
Foram delineadas duas áreas de vigilância: uma perifocal, com 3 quilômetros de raio, e outra de vigilância, abrangendo 7 quilômetros. Equipes da Agrodefesa estão realizando inspeções sanitárias e orientando os criadores na detecção precoce de novas ocorrências. O diretor de Defesa Agropecuária, Rafael Vieira, ressaltou que todas as medidas estão em conformidade com os protocolos nacionais e internacionais previstos no Plano de Contingência da Influenza Aviária.
A população local está sendo informada sobre o assunto por meio de ações de educação sanitária, e a colaboração dos criadores é considerada crucial. José Ricardo afirmou que não há motivos para pânico, mas é vital que qualquer suspeita de doença seja comunicada imediatamente. O objetivo é garantir a sanidade do rebanho goiano e a credibilidade sanitária do estado.
O surto começou após a notificação da morte de cerca de 100 galinhas, que apresentavam sintomas como dificuldade respiratória e diarreia. Após a denúncia, a Agrodefesa interditou a propriedade e coletou amostras seguindo os protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola.
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, reforçou que o consumo de carne de frango e ovos é seguro e não apresenta risco de transmissão da doença através da alimentação. Ela orientou que os criadores estejam atentos aos sinais de gripe aviária, como tosse, espirros e lesões nas aves, e que qualquer suspeita deve ser comunicada imediatamente pelo WhatsApp (62) 98164-1128.
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