O Governo de Goiás intensificou as medidas de contenção e erradicação do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), confirmado em Santo Antônio da Barra, no Sudoeste goiano. As ações, conduzidas pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), incluem a criação do Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo), a mobilização de equipes de campo em cerca de 180 propriedades e a instalação de barreiras sanitárias.
Desde a confirmação do foco, ocorrido na última sexta-feira (13/06) em aves de subsistência, a Agrodefesa implementou medidas rigorosas, como a restrição ao trânsito de aves, ovos e materiais avícolas, além da suspensão temporária de feiras e exposições com aves na região afetada. A resposta rápida incluiu a publicação da Portaria nº 339/2025, que institui o Coezoo para coordenar as atividades emergenciais.
José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, destacou a importância da estrutura do Coezoo para uma atuação mais integrada, reunindo profissionais das áreas de sanidade animal, logística e fiscalização. “Mesmo sendo um caso em aves de subsistência, sem impacto comercial direto, estamos atuando com rigor técnico e seriedade para evitar qualquer risco de disseminação”, afirmou.
Duas zonas de atuação foram estabelecidas para vigilância ativa: uma perifocal, com um raio de 3 quilômetros, e outra de vigilância, com um raio de 7 quilômetros. As equipes estão realizando inspeções sanitárias e orientando os criadores para detectar precocemente novas ocorrências e impedir a propagação do vírus.
Além do monitoramento do trânsito de aves, o diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, coordenador do Coezoo, assegurou que todas as ações seguem os protocolos nacionais e internacionais do Plano de Contingência da Influenza Aviária. As equipes também estão realizando levantamento completo na área afetada e coleta de amostras.
A população local está recebendo orientações sobre a importância da colaboração dos criadores e ações de educação sanitária. “Não há motivo para pânico, mas é fundamental que qualquer suspeita seja imediatamente comunicada. Nosso objetivo é preservar a sanidade do plantel goiano”, ressaltou José Ricardo Caixeta Ramos.
O surto teve início em 9 de junho, quando a Agrodefesa foi notificada sobre a morte de cerca de 100 galinhas em uma propriedade rural. Os sinais observados incluíam asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, entre outros. Em até 12 horas após a notificação, a Agrodefesa interditou a propriedade e coletou amostras, seguindo os protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).
Denise Toledo, gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, destacou que o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro, sem risco de transmissão da doença. “Não há qualquer risco de transmissão da gripe aviária por meio da ingestão desses alimentos”, afirmou.
Ela também orientou que, em caso de suspeitas, os cidadãos devem comunicar os órgãos competentes ao observar aves com tosse, espirros, muco nasal ou outros sintomas. Para relatar situações suspeitas, a população pode contatar pelo WhatsApp: (62) 98164-1128.