O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, nesta segunda-feira (8), um projeto inovador para mapear as áreas verdes urbanas no Brasil, com o intuito de promover uma discussão metodológica. O levantamento foi realizado em duas cidades, Guarulhos, em São Paulo, e Palmas, no Tocantins, selecionadas pela diversidade de suas características regionais, clima e vegetação.
A metodologia aplicada fundamentou-se na definição de Áreas Verdes Urbanas do Código Florestal Brasileiro, que classifica como áreas que abrigam vegetação – seja natural ou recuperada – e que não são destinadas a loteamentos ou moradias. A classificação foi alinhada às diretrizes do Ministério do Meio Ambiente e de Mudança do Clima, que reconhece diversos tipos de espaços verdes, como parques e praças, e os serviços que estes oferecem, incluindo opções de recreação e regulação climática.
Na delimitação geográfica para o mapeamento, foi seguido o padrão sugerido pela ONU-Habitat, que considera fatores como densidade demográfica e tamanho populacional em áreas contínuas.
Resultados do Mapeamento
Os dados obtidos revelaram que em Guarulhos existem aproximadamente 7 mil hectares de áreas verdes urbanas, contabilizando 45% das zonas urbanizadas do município, com base em uma área de 800 metros ao redor do centro urbano.
Em Palmas, o total de áreas verdes urbanas chega a cerca de 5,1 mil hectares, o que representa 49% das áreas urbanizadas dentro da mesma faixa de 800 metros do centro da cidade. Os resultados refletem a importância das áreas verdes em soluções urbanas que visam melhorar a qualidade de vida dos habitantes.
O levantamento usa como referência o ano de 2022 e, com base nos achados desta pesquisa experimental, a equipe do IBGE planeja desenvolver uma metodologia que possa ser aplicada em todo o território nacional, visando aprimorar a gestão e a valorização das áreas verdes urbanas.