Uma operação realizada em Goiânia na última quarta-feira (06) resultou na apreensão de mais de duas toneladas de produtos de origem animal, incluindo queijos, manteigas e embutidos. Essa ação conjunta envolveu a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), a Polícia Civil de Goiás e a Vigilância Sanitária Municipal, sendo realizada em um entreposto no Setor Pedro Ludovico, que operava apenas com licença para comercialização.
Os fiscais da Agrodefesa encontraram produtos em condições irregulares, sem a devida documentação, como rótulos e notas fiscais. Além disso, muitos itens estavam armazenados de forma inadequada, fora das temperaturas recomendadas. Em um cenário alarmante, foram localizados até alimentos mofados que estavam sendo utilizados na produção de queijo ralado. Também havia embalagens e rótulos com selos do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e do Serviço de Inspeção Federal (SIF) que, segundo as autoridades, estavam sendo utilizados fraudulentamente para dar uma aparência de regularidade aos produtos.
Segundo o gerente de Fiscalização Agropecuária da Agrodefesa, Janilson Azevedo Júnior, a licença que o estabelecimento possuía era restrita à venda direta e não autorizava a manipulação e transformação dos produtos. Essas atividades requerem uma autorização específica e rigorosa inspeção sanitária.
Todos os produtos apreendidos foram classificados como impróprios para consumo humano e foram descartados no aterro sanitário da cidade. A Polícia Civil deu início a um processo investigativo, onde os responsáveis poderão enfrentar sanções por crime contra as relações de consumo e penalidades administrativas.
Para Janilson, tais ações são fundamentais para salvaguardar a saúde pública. Ele enfatiza a importância em garantir que os alimentos de origem animal cheguem ao consumidor em condições adequadas, ressaltando que produtos clandestinos não apenas colocam em risco a saúde da população, mas também afetam negativamente os produtores que atuam dentro da legalidade.



