Plano nacional para biodiversidade visa criar 3 milhões de hectares de unidades de conservação até 2030

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Plano nacional para biodiversidade visa criar 3 milhões de hectares de unidades de conservação até 2030

Cerca de um terço das espécies de árvores em todo o planeta enfrenta risco de extinção. No Brasil, que abriga quase 15% da biodiversidade global, cerca de 1.200 espécies de animais e 3.700 espécies de flora e fungos estão ameaçadas. A necessidade de ação é urgente para preservar esse rico patrimônio natural.

As principais amenidades de risco envolvem a perda e degradação de ecossistemas, mudanças climáticas, exploração insustentável dos recursos naturais, poluição e a introdução de espécies exóticas que comprometem a biodiversidade local.

Em resposta a essa crise ambiental, o Ministério do Meio Ambiente apresentou na última segunda-feira a nova Estratégia e Plano de Ação Nacional para Biodiversidade (EPANB), que se estenderá de 2025 até 2030. O propósito é implementar medidas imediatas para reverter a perda da biodiversidade e estabelecer diretrizes claras para sua execução.

Este plano está alinhado com a Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica, assinada pelo Brasil em 1992, e foi desenvolvido com a colaboração de diferentes setores, incluindo a sociedade civil, representantes do setor privado, instituições acadêmicas e governos federal e estaduais.

O ministro interino do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, destacou a importância de que o governo atue como um exemplo a ser seguido, enfatizando a continuidade de ações em andamento que apoiam essa meta.

A representante da sociedade civil na Comissão Nacional da Biodiversidade, Simone Tenório, ressaltou a necessidade de um esforço colaborativo para garantir a implementação eficaz das ações planejadas no EPANB.

A nova estratégia contempla um total de 234 ações envolvendo 20 ministérios e 30 órgãos federais. Entre os objetivos, está a criação de 3 milhões de hectares de unidades de conservação na Amazônia, 200 mil hectares na Caatinga e no Pantanal, e 50 mil hectares no Cerrado.

Além disso, o plano prevê a proposta de novas unidades de conservação abrangendo 200 mil hectares na Mata Atlântica e no Pampa. Outra meta ambiciosa é aumentar para 30% os corredores ecológicos do país e restaurar 180 mil hectares de cobertura vegetal em áreas urbanas.

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