Pressão popular e imprensa fazem prefeito Leandro Vilela demitir servidora que extorquia doentes

Enquanto a servidora era presa por cobrar exame do SUS, o prefeito adiou a exoneração, deixando à mercê do medo quem ousou cobrar por direitos.

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Pressão popular e imprensa fazem prefeito Leandro Vilela demitir servidora que extorquia doentes

O caso que chocou Aparecida de Goiânia mostrou mais uma vez a falta de compromisso da atual gestão com a população. Só depois da grande repercussão e da pressão popular é que o prefeito Leandro Vilela decidiu demitir a servidora Andressa Gonzaga Moreira, que foi presa em flagrante no dia 16 de outubro de 2025, acusada de cobrar PIX para liberar exames gratuitos na UBS do setor Colina Azul.

De acordo com a ocorrência policial, uma paciente procurou atendimento na unidade e ouviu que “não havia vagas disponíveis”. No dia seguinte, Andressa enviou uma mensagem dizendo que havia conseguido encaixar o exame, mas pediu metade do valor cobrado por um laboratório particular, através de PIX. Desconfiada da ilegalidade, a vítima denunciou o caso à polícia, que flagrou a cobrança e prendeu a servidora.

Após a prisão, a Prefeitura de Aparecida divulgou nota informando que a servidora seria desligada. Mas o ato oficial de exoneração só foi publicado dias depois, e apenas após forte cobrança da imprensa e da população.

Segundo informações apuradas, o prefeito Leandro Vilela teria hesitado em demitir Andressa porque ela seria indicada por um grande empresário do ramo frigorífico em Goiás, que teria ajudado financeiramente em sua campanha eleitoral. Fontes ainda afirmam que a servidora estava lotada na pasta do vereador Isaac Martins, o que também teria atrasado a decisão do prefeito.

Um denunciante anônimo relatou:

 “Aquela moça que tava vendendo o atestado na UBS do Colina é sobrinha da diretora do Colina, e as duas são da pasta do Isaac.”

Essas ligações políticas e pessoais mostram como a administração tem dificuldades em agir com firmeza quando há interesses por trás. O que deveria ser uma reação imediata a um crime dentro do serviço público acabou virando um jogo de empurra entre aliados e indicações.

A demora de Leandro Vilela em tomar uma atitude passa um recado perigoso: só age quando é pressionado. Enquanto isso, a população continua à espera de uma gestão que priorize o cidadão, e não seus compromissos políticos.

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