O Dia da Terra, celebrado em 22 de abril, chama a atenção para a importância da preservação ambiental e a urgência de proteger os ecossistemas que sustentam a vida no planeta. No Brasil, as cidades possuem, em média, apenas 6,9% de sua área total coberta por vegetação, conforme dados do MapBiomas, que analisou imagens de satélite de todos os 5.569 municípios brasileiros. Em São Paulo, o estado com a maior área de vegetação urbana, que totaliza 65,5 mil hectares, enfrenta o desafio de conciliar o crescimento urbano com a preservação dos recursos naturais.
Nesse cenário, os Parques Horto Florestal e Cantareira, sob gestão da Urbia, destacam-se como espaços cruciais para o equilíbrio climático da capital paulista. A gestão e conservação desses parques são uma responsabilidade compartilhada, com a concessionária administrando cerca de 3,6% da área total — restrita aos locais de uso público — enquanto a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo atua em toda a região, evidenciando a colaboração entre as partes.
Os parques, classificados como Unidades de Conservação Ambiental, são legalmente protegidos e focados na preservação da natureza e dos ecossistemas nativos, além de oferecer serviços ambientais à sociedade, como a regulação do clima e a proteção dos mananciais. Estudos recentes indicam que áreas verdes como essas podem reduzir a temperatura local em até 5 °C durante o verão, ressaltando sua importância no combate às ilhas de calor e na mitigação das mudanças climáticas.
“O Horto Florestal e a Cantareira proporcionam áreas verdes que regulam a umidade e criam um microclima, ajudando a mitigar o efeito de ilhas de calor gerado pela urbanização intensa da cidade. Preservar essas áreas é garantir que os recursos naturais sigam cumprindo suas funções ecológicas fundamentais”, destaca Leandro Aro Delbue, biólogo da Urbia.
Um exemplo significativo da relevância ambiental do Horto Florestal é a presença de liquens vermelhos, organismos sensíveis à poluição atmosférica que atuam como bioindicadores naturais. A abundância desses liquens no parque sugere um ar limpo e de boa qualidade, reforçando a necessidade de conservar as áreas verdes em meio à urbanização.
Com 7.900 hectares de floresta, a Cantareira é um exemplo da natureza em sua forma mais pura e foi reconhecida pela UNESCO em 1994 como parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo. A área abriga 866 espécies de fauna, incluindo 388 vertebrados, e uma rica flora composta por espécies emblemáticas, além de plantas ameaçadas de extinção.
Samuel Lloyd, diretor da Urbia, enfatiza a importância da proteção dessas áreas para a conservação de habitats essenciais e a continuidade dos processos ecológicos. “No Dia da Terra, lembrar da importância do Horto Florestal e da Cantareira é reconhecer que a preservação da fauna e da flora está diretamente ligada à qualidade de vida urbana”, conclui.
Fonte: Reisen Clube
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