O vereador Wellington Bessa, integrante da base do prefeito Sandro Mabel, abordou em sessão na Câmara Municipal de Goiânia uma série de questões relativas à recente votação controversa do projeto orçamentário para o próximo ano, esclarecendo o que motivou a retirada da matéria da pauta e avaliando o processo administrativo e legislativo em curso.
Bessa explicou que o projeto referente ao orçamento da cidade sofreu tumultos durante a votação devido à falta de rigor formal, especialmente na apresentação tardia do relatório para os vereadores. Segundo ele, o relatório só foi disponibilizado no sistema às 9h30 da manhã da reunião, o que não é praxe, pois normalmente o documento deveria ser acessado antes da discussão para conhecimento prévio. Essa falta de transparência motivou o pedido de devolução do projeto ao Poder Executivo para que fosse revista a matéria com o rigor necessário e que qualquer divergência fosse discutida previamente.
Ele ressaltou que a base do prefeito mantém o compromisso com o interesse coletivo e com o desenvolvimento de Goiânia e que o diálogo entre os vereadores é fundamental para que se chegue a um consenso em temas tão sensíveis quanto o orçamento. O vereador classificou a atual legislatura como talvez a mais qualificada da história da Câmara, demonstrando confiança nas intenções e capacidade dos parlamentares para conduzir os processos em prol do bem comum.
Sobre o remanejamento orçamentário, Wellington Bessa defendeu que essa prática é essencial para que o Executivo tenha flexibilidade para administrar ao longo do ano diante das demandas que surgem tanto do Executivo quanto do Legislativo. Ele ressaltou que, apesar da importância da transparência, o prefeito deve ter autonomia para executar o orçamento aprovado de forma eficiente, sem necessidade de submeter cada pequeno remanejamento à aprovação legislativa, o que poderia gerar atrasos e entraves administrativos. O vereador ainda pontuou que o prefeito só atuará dentro da legalidade, e que eventuais desvios podem implicar responsabilidade.
O vereador também comentou sobre as decisões da comissão e sobre o processo de votação que, em suas palavras, careceu de especificação e acesso adequado aos relatórios, o que gerou polêmica e questionamentos quanto à validade da votação. Ele disse que a questão da votação poderá ser resolvida quando o projeto retornar e passar novamente pelas comissões conforme o procedimento regimental.
Essa fala integra um momento de questionamentos feitos por jornalistas dentro da Câmara de Vereadores, que buscaram esclarecer o posicionamento da base governista sobre a condução do orçamento e os processos legislativos em Goiânia.