A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá entre 10 e 21 de novembro em Belém, PA, representa uma transição crucial na abordagem global em relação às mudanças climáticas, conforme declarado pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30. Em reunião informal na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o embaixador ressaltou que o evento deve ser um ponto de virada no fortalecimento da governança ambiental mundial.
Com o Acordo de Paris completando uma década em 2025, o Brasil espera que a COP30 impulsione a implementação desse tratado fundamental, que visa limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. O embaixador enfatizou a importância do multilateralismo e do diálogo para transformar os compromissos assinados em eficazes ações concretas que impactem a vida das pessoas e o funcionamento dos países.
Durante a entrevista à ONU News na terça-feira, Corrêa do Lago identificou o financiamento climático como um dos principais desafios. O objetivo é que os investimentos nesse setor aumentem de US$ 300 bilhões anuais para US$ 1,3 trilhão até 2035, conforme acordado na COP29. Ele destacou a necessidade de redirecionar prioridades financeiras, afirmando que embora os recursos estejam disponíveis globalmente, frequentemente são direcionados a investimentos que não consideram os efeitos das mudanças climáticas.
Entre os principais temas da COP30 estão a redução de emissões de gases de efeito estufa, a adaptação às mudanças climáticas e a preservação de florestas e da biodiversidade. A conferência promete ser um marco importante na luta contra a crise climática, reunindo líderes e representantes de diversos países para discutir estratégias e compromissos para um futuro sustentável.
